IA pode revolucionar os aeroportos como conhecemos; entenda
Os aeroportos atuais têm uma arquitetura quase tradicional: de um lado estão os estacionamentos, postos de emissão de passagens, triagem e o despacho de malas; do outro, os portões de embarque e infraestrutura de comércio, com lojas, restaurantes e serviços. No meio dessas duas extremidades, ficam as barreiras de segurança, como alfândega e revista, separando quem vai embarcar em um voo do restante das pessoas. No entanto, esse modelo até então consolidado pode mudar com a IA e — não deve demorar tanto tempo.
O site Fast Company fez uma projeção de como a inteligência artificial pode alterar não só o design aeroportuário atual, mas a forma como os passageiros (ou acompanhantes) interagem com a infraestrutura do local em cinco, 10 e 20 anos.
O que a IA tem a ver com aeroportos
De acordo com o site, a dinâmica dos aeroportos não tem a ver apenas com a arquitetura, mas também como as pessoas que frequentam o local interagem com os serviços. É quase como uma cadeia lógica passar por algumas etapas, como o despacho e a segurança, para finalmente chegar ao portão de embarque e outros serviços.
Alguns mecanismos já facilitam a forma como os passageiros usufruem do espaço, por exemplo simplificando o processo de embarque com tecnologia personalizada. Outro exemplo é na hora de achar uma vaga no estacionamento, com sensores indicando onde há locais vagos e economizando tempo.
Segundo a projeção, as interações com o espaço devem se tornar ainda mais personalizadas em questão de cinco anos. As luzes vermelhas ou verdes indicando vagas para estacionar podem virar uma IA que indica andar, corredor e número exato da vaga que comporta o tipo de carro daquele motorista.
Já os serviços podem mudar de local se a tecnologia acompanhar isso. Por exemplo, será fácil interagir com uma IA para escolher um tipo de serviço (como um tipo específico de comida), descobrir a localização exata dentro do aeroporto, qual a melhor maneira de chegar lá e como voltar a tempo, e em qual espaço há mesas vagas para aproveitar a refeição.

10 anos
- A projeção para daqui uma década é mais ousada. O site propõe que, com cada vez mais veículos autônomos tomando as ruas, não seria arriscado chutar que o processo de segurança pode ser feito dentro de um modelo deste tipo.
- Ou seja, as pessoas que já passaram pela triagem e entram no transporte passarão por todo o processo de segurança enquanto se dirigem para os portões de embarque, algo que inevitavelmente terão que fazer.
- No entanto, como tudo acontecerá lá dentro, será possível não só agilizar o trajeto, mas permitir que tudo seja controlado pela IA do veículo, poupando tempo e até profissionais.
- Isso inevitavelmente muda a forma como a estrutura do aeroporto é hoje, realocando, por exemplo, os serviços que se instalam durante esse caminho. Do lado contrário, haverá mais espaço estrutural para outros serviços, tanto aeroportuários como do terceiro setor.

Possibilidade da IA nos aeroportos em 20 anos
A projeção para 20 anos no futuro é ainda mais ousada. E se a IA fosse responsável desde a triagem e despacho de malas até o transporte dos passageiros diretamente para dentro das aeronaves? É o que o site propõe.
Ao contrário dos modelos atuais, que focam na infraestrutura de operações aeroportuárias e menos nos serviços, os processos seriam facilitados pela IA e os locais se tornariam verdadeiros polos de entretenimento. Alguns aeroportos mundiais já são assim, tendo museus e exibições em seu interior.
Além disso, a mudança estrutural na forma como os serviços acontecem possibilitaria a diminuição de espaço, que, como consequência, seria mais voltado ao lazer e turismo do que à burocracia. Afinal, não haveria mais motivo para filas extensas e longas revistas.